sexta-feira, 15 de março de 2013
Turismo de mosca é no lixo - NELSON MOTTA - O GLOBO 19.08.11
Se a Espanha encarasse o turismo com a mesma seriedade que o Brasil, não teria faturado 60 bilhões de dólares com visitantes em 2010. O orçamento mirrado e a irrelevância de uma pasta periférica, usada como moeda de troco político, e o desempenho pífio dos seus ministros e gestores, ajudam a explicar por que o Brasil só faturou 6 bilhões.
A lambança no Ministério do Turismo, a patética figura do ministro octogenário que paga contas de motel com dinheiro público, a infinidade de ONGs de fachada, de "turismólogos" e "cursos de capacitação" fantasmas são o resultado da importância que o governo dá ao turismo — uma indústria limpa e sustentável, que não tira nada do país, só traz divisas, gera empregos e divulga nossa cultura.
Com orçamento indigente, o ministério vive de emendas de deputados e senadores.
No ano passado, 460 parlamentares destinaram 2,7 bilhões para o turismo, que fizeram a festa dos
promotores de festas com dinheiro público. Com o clamor na imprensa e os cofres arrombados, o governo proibiu a mamata. A nova festa é o "curso de capacitação": só mudam as moscas, o lixo continua o mesmo.
Ladroagens em ministérios são normais no Brasil, frutos podres do aparelhamento político e dos consórcios cleptopartidários. Anormal é o desperdício de um país com o nosso potencial turístico ter um ministério como o que estamos vendo nas páginas policiais. Em Brasília se acredita que o turismo não exige qualificações técnicas, como engenharia ou urbanismo, basta ser da turma.
Lembra o não saudoso Milton Zuanazzi, que foi presidir a Anac, com resultados desastrosos, porque tinha uma agência de viagens em Porto Alegre e era petista.
A Espanha tem uma estrutura turística eficiente, tem história, diversão e arte, mas é no verão que mais fatura, com as suas praias e ilhas ensolaradas. Neste quesito ganhamos de goleada. A oferta de lazer e de atrações artísticas no Rio de Janeiro e em São Paulo também não fica devendo nada a Madri e Barcelona. Somos 16 vezes maiores, mas fazemos só 10% do que eles ganham com turismo.
A culpa deve ser da mídia golpista que difama o país lá fora.
NELSON MOTTA é jornalista.
quinta-feira, 14 de março de 2013
LAGOA RODRIGO DE FREITAS
RIO — No terceiro dia consecutivo de mortandade na Lagoa Rodrigo de Freitas, de onde foram retiradas até ontem 65 toneladas de peixes, a prefeitura anunciou que pretende ampliar a ligação entre a Lagoa e o mar, na tentativa de acabar com o problema recorrente. Um projeto formulado pela Coordenação dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia (Coppe/UFRJ), em parceria com o município, prevê a implantação de tubos sob a areia da Praia de Ipanema que facilitariam a troca de água da Lagoa pelo Canal do Jardim de Alah.
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Os tubos fariam com que, na maré alta, a água do mar entrasse na Lagoa, promovendo a renovação do espelho d'água. O projeto aguarda aprovação do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e, se liberado, ainda terá de ser analisado em audiência pública para só então ser licitado. A expectativa da secretaria municipal de Meio Ambiente é que isso aconteça até o segundo semestre de 2013.
Enquanto a solução da prefeitura não vem, moradores e frequentadores da região sofrem com os efeitos da mortandade. O recolhimento de peixes estava sendo feito ontem por 180 funcionários da Comlurb com a ajuda de técnicos da secretaria de Meio Ambiente e o apoio de quatro embarcações.
Biólogo suspeita de esgoto
A Secretaria municipal de Meio Ambiente informou que o nível de oxigênio na Lagoa ontem de manhã era de 1.6. Segundo a secretaria, o vento que atingiu a região na tarde de anteontem trouxe para a superfície peixes mortos que estavam no fundo.
Na quarta-feira, o biólogo Mário Moscatelli percorreu a Lagoa Rodrigo de Freitas de barco, e segundo ele, três fatores podem ter causado a mortandade: possível lançamento de esgoto em grande quantidade devido a algum problema em elevatória da Cedae; aporte de matéria orgânica trazida por fortes chuvas; ou ocorrência de um fenômeno climático que divide o espelho d’água em dois, um sem oxigênio, mais no fundo, e outro com oxigênio mais próximo à superfície. Segundo ele, pode ter havido a conjugação de dois ou três fatores. Para o biólogo, o monitoramento permanente da Lagoa e a aplicação de um plano de contingência são fundamentais para prevenir mortandades.
Secretaria diz que há monitoramento
A Secretaria municipal de Meio Ambiente, no entanto, garantiu que a Lagoa Rodrigo de Freitas é monitorada 24 horas por dia. Segundo o órgão, a cada hora, a boia que fica no meio da lagoa emite boletins que são analisados em tempo real.
Sobre a mortandade dos últimos três dias, a secretaria alega que o problema foi causado pelas fortes chuvas. O temporal teria levado matéria orgânica para a Lagoa. Essa matéria orgânica, para se decompor, usa o oxigênio dissolvido, provocando a mortandade.
O secretário municipal de Meio Ambiente, Carlos Alberto Muniz, descarta que o lançamento de esgoto tenha provocado a mortandade. Segundo ele, técnicos da prefeitura não detectaram qualquer entrada excepcional de esgoto na Lagoa. Ele argumenta ainda que espécies como a savelha se reproduzem no mês de fevereiro, o que cria uma superpopulação, reduzindo os níveis de oxigênio na água. Muniz afirmou ainda que pretende estimular a pesca na Lagoa no período anterior ao fim do verão de 2014, para equilibrar a população de peixes e evitar novas mortandades.
http://oglobo.globo.com/rio/tubos-poderao-ligar-mar-a-lagoa-para-evitar-mortandade-de-peixes-7846156#ixzz2NZcQENuf
PROJETO DE LEI PARA TOMBAMENTO DA CASA DE MACHADO DE ASSIS NA GAMBOA
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Nº
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Despacho
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PROJETO
DE LEI Nº 54/2013
Tomba, por seu relevante valor histórico e cultural,
o imóvel situado na Ladeira do Livramento, N° 77, bairro da Gamboa, na área da
A.P. 1.0, onde nasceu o escritor Machado de Assis.
AUTORA:
Vereadora Laura Carneiro
A
CÂMARA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO
DECRETA:
Art.
1.º Fica tombado, por seu interesse histórico e cultural, o imóvel localizado
na Ladeira do Livramento, N° 77,
bairro da Gamboa, na área da A.P. 1.0, onde nasceu o escritor Machado de
Assis.
Art.
2º O Poder Executivo, através do órgão competente, providenciará a inscrição
deste tombamento no Livro de
Tombos dos Bens Culturais do Município no prazo máximo de quinze dias após a
publicação desta Lei.
Art.
3º Em decorrência do tombamento
ficam vedadas quaisquer alterações no projeto original do imóvel.
Art.
4° Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Plenário Teotônio Villela, 20 de
fevereiro de 2013
Vereadora Laura Carneiro
JUSTIFICATIVA:
Nossa cidade deve
zelar a todo custo pela preservação de sua memória para não corrermos o risco
de termos a nossa história apagada de suas ruas e praças.
Por isso é
fundamental que o Executivo Municipal promova o tombamento do casarão onde
nasceu Joaquim Maria Machado de
Assis, que nasceu em uma família pobre,
mal estudou em escolas públicas e não teve oportunidade de cursar uma
universidade. Contudo, isso não o impediu de tornar-se o escritor-mor de nosso
país, bem como o responsável pela criação da Academia Brasileira de Letras, da
qual foi o seu primeiro Presidente.
Naquele casarão da Ladeira do Livramento, N° 77, na Gamboa, bairro da
Zona Portuária carioca, então capital do Império, Machado de Assis nasceu e
viveu até os seis anos de idade. Em seu folhetim “Casa
Velha”, publicado de janeiro de 1885 a fevereiro de 1886 na revista carioca A
Estação, descreveu assim a casa principal e a capela da chácara do Livramento:
"A casa, cujo lugar
e direção não é preciso dizer, tinha entre o povo o nome de Casa Velha, e era-o
realmente: datava dos fins do outro século. Era uma edificação sólida e vasta,
gosto severo, nua de adornos. Eu, desde criança, conhecia-lhe a parte exterior,
a grande varanda da frente, os dois portões enormes, um especial às pessoas da
família e às visitas, e outro destinado ao serviço, às cargas que iam e vinham,
às seges, ao gado que saía a pastar. Além dessas duas entradas, havia, do lado
oposto, onde ficava a capela, um caminho que dava acesso às pessoas da
vizinhança, que ali iam ouvir missa aos domingos, ou rezar a ladainha aos
sábados".
Todavia, hoje em dia o imóvel dá lugar a um cortiço, de acordo com a
pesquisa do insígne professor de história Milton Teixeira, em reportagem veiculada no
Jornal “O Dia, do dia 20 de fevereiro de 2013. (vide anexo). Razão pela qual,
peço o tombamento do referido imóvel.
Pelo exposto, peço o
apoio aos meus pares para a aprovação desta proposição.
ANEXOS:
http://odia.ig.com.br/portal/rio/casa-de-machado-de-assis-vira-corti%C3%A7o-1.551002
MARINA DA GLORIA
Olá a todos!
Tudo muito bonito, tudo muito bem "arranjado". Resta saber se na passagem de veículos a passarela será alta suficiente para a entrada de onibus, uma vez que ali Eike Batista quer construir um centro de eventos e congressos.
Outras questões: onde ficará o pier "seco dos barcos"?
E o impacto ambiental e de capacidade de carga do entorno do local?
Deixo para a vossas ilações!
Abraços.
Marcelo Rezende
Guia, Docente e Gestor de Turismo
Video explicativo do projeto para a Marina da Gloria.
http://www.marinadagloria.com.
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